quinta-feira, 14 de julho de 2011

LIÇÃO 5: OS MAGOS.

MATEUS 2.1-23.

Introdução:

Os magos vieram do oriente procurando aquele nascido Reis dos Judeus, cuja estrela viram e seguiram. Devido a muitas indagações que estes fizeram em Jerusalém, despertaram suspeitas em Herodes. Dirigidos a Belém, vieram ao lugar “onde estava o menino”, e com nobres salamaleques do oriente, ofertam-lhe ouro, incenso e mirra – dádivas reais feitas em homenagem àquele que nascera para reinar.

I – VISITA DOS MAGOS (Ler Versículos 1-12).

Os que vivem completamente afastados dos meios de graça costumam usar a máxima diligência para conhecer o máximo de Cristo e de sua salvação. Porém, nenhuma arte da curiosidade nem o puro aprendizado humano podem levar os homens até Ele. Devemos aprender de Cristo atentando à palavra de Deus, como luz que brilha num lugar escuro, e buscando o ensino do Espírito Santo. Aqueles em cujo coração se levanta a estrela da manhã, para dar-lhes o necessário conhecimento de Cristo, fazem de sua adoração sua atividade preferencial.
Embora Herodes era muito velho, e nunca tinha demonstrado afeto pela sua família, e era improvável que vivesse até que o recém-nascido chegasse à idade adulta, começou a turbar-se com o temor de um rival. Não compreendeu a natureza espiritual do reino do Messias. Cuidamo-nos da fé morta. O homem pode estar persuadido de muitas verdades e mesmo assim não praticá-las, pois a sua natureza pecaminosa interfere com as suas escolhas.
Quanto gozo sentiram estes sábios ao ver a estrela, ninguém o sabe tão bem quanto aqueles que, depois de uma longa e triste noite de tentação e abandono sob o poder de um espírito de escravidão, finalmente recebem o Espírito de adoção, dando testemunho a seus espíritos de que são filhos de Deus. Podemos pensar que desilusão foi para eles quando encontraram que uma barraca era seu palácio, e sua própria e coitada mãe era a única servidão que tinha. Contudo, estes magos não se acreditaram impedidos, pois tendo achado o Rei que buscavam, lhe ofereceram seus presentes. Quem procura humildemente a Cristo não tropeçará se achar Ele e seus discípulos em casebres escuros, depois de tê-los procurado em vão nos palácios e cidades populosas. Há uma alma ocupada em buscar a Cristo? Quererá adorá-lo e dizer "sim!, eu sou uma criatura pobre e néscia e nada tenho a oferecer? Nada!" Não tem coração, ainda que indigno dEle, escuro, duro e néscio? Entregue-o a Ele tal como é, e se prepare para que Ele o use e dispunha dele como lhe apraz; Ele o tomará e o fará melhor, e nunca te arrependerás de ter agido assim. Ele o moldará a sua semelhança, e Ele mesmo se entregará a você e será seu para sempre.
Os presentes dos magos eram ouro, incenso e mirra. A providência os enviou como socorro oportuno para José e Maria em sua atual condição de pobreza. Assim nosso Pai celestial, que conhece o que necessitam seus filhos, usa a alguns como mordomos para suprir as necessidades dos outros e provê-los ainda desde os confins da terra

II – FUGA PARA O EGITO E MASSACRE DOS INOCENTES (Ler Versículos 13-18).

O Egito tinha sido um lar de escravidão para Israel, e particularmente cruel para as crianças de Israel; mais será um lugar de refúgio para o santo menino Jesus. Quando a Deus lhe apraz, pode fazer com que o pior dos lugares sirva para o melhor dos propósitos. Esta foi uma prova de fé para José e Maria. Mas a fé deles, sendo provada, foi achada firme. Se nós e nossos filhos estivermos em problemas em qualquer tempo, lembremos as dificuldades em que esteve Cristo quando era um menino.
Herodes matou os meninos varões, não somente de Belém, senão de todas as aldeias dessa cidade. A ira desenfreada, armada com um poder ilícito, frequentemente leva os homens a crueldades absurdas. Não foi coisa injusta que Deus permitisse isto; cada vida é entregue a sua justiça tão logo quando começa. As doenças e as mortes dos pequenos são prova do pecado original. Mas o assassinato destas crianças foi seu martírio. Que cedo começou a perseguição contra Cristo e seu reinado! Herodes acreditava ter destruído as profecias do Antigo Testamento, e os esforços dos magos para acharem Cristo; mas o conselho do Senhor permanecerá, por astutas e cruéis que sejam as artimanhas do coração dos homens.

Conclusão:

O Egito pode servir por um tempo como estadia ou refúgio, mas não para viver para sempre. Cristo foi enviado às ovelhas perdidas da casa de Israel, e a elas deve retornar. Se olharmos o mundo como o nosso Egito, o lugar de nossa escravidão e exílio, e o céu como a nossa Canaã, nosso lar, nosso repouso, deveremos levantar-nos logo e partir daqui quando sejamos chamados, como José quando saiu do Egito.
A família deve estabelecer-se na Galiléia. Nazaré era lugar tido em pobre estimação, e Cristo foi crucificado sob esta acusação, Jesus Nazareno. Onde quer que nos indique a providência os limites de nossa habitação, devemos esperar compartir a admoestação de Cristo; embora possamos gloriar-nos de sermos chamados por seu nome, seguros de que, se sofremos com Ele, também seremos glorificados com Ele.

Próxima lição: LIÇÃO 6: VISITA A JERUSALÉM. LUCAS 2.41-51

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