terça-feira, 26 de julho de 2011

LIÇÃO 7: PREPARAÇÃO DO MINISTÉRIO DE JESUS. TEXTO BASE: LUCAS 3.1-20.

Textos: MT 3.1-12; MC 1.1-8 E LC 3.1-20.

Introdução:

Quando Jesus tinha quase trinta anos, a terra surpreendeu-se com o aparecimento do profeta semelhante a Elias, vindo dos desertos meridionais. De aparência rude, vestido de trajes próprios ao deserto, nutrido de alimento parco, de espírito rígido, sustentado por anos de comunhão solitária com Deus, fervoroso em extremo, de ardente clareza de linguagem, ele abalou o país até os alicerces pela pregação do arrependimento. À beira do Jordão, rodeava-o grande multidão, extraordinariamente mista, como: homens rudes de Basã, pastores do campos de Gileade, camponeses dos férteis vales ocidentais, pescadores da Galiléia, negociantes, cambistas, publicanos, soldados, fariseus e sacerdotes, todos chamados pela atração irresistível de um homem enviado de Deus, e muitos receberam o batismo de João.
I - A PREGAÇÃO DE JOÃO BATISTA (Ler Versículos 1-14)

O alcance e desígnio do ministério de João era levar o povo desde seus pecados a seu Salvador. Veio a pregar, não uma seita nem um partido político, senão uma profissão de fé; o sinal ou cerimônia era o lavamento com água. Pelas palavras aqui utilizadas, João pregou a necessidade do arrependimento para a remissão dos pecados, e que o batismo de água era um sinal externo da purificação interna e a renovação do coração que acompanha, ou são os efeitos do arrependimento verdadeiro e profissão de arrependimento. Aqui no ministério de João está o cumprimento das Escrituras (Isaias 40.3). Quando no com se faz caminho para o evangelho, abatendo os pensamentos altivos e levando-os à obediência de Cristo, aplanando a alma e eliminando tudo o que nos estorve do caminho de Cristo e de sua graça, então se efetuam os preparativos para dar as boas-vindas à salvação de Deus.
João deu aqui advertências e exortações gerais. A culpável raça corrupta da humanidade chegou a ser uma geração de víboras; odiavam a Deus e se odiavam uns a outros. Não há maneira de fugir da ira vindoura, senão pelo arrependimento, e a mudança de nossa conduta deve demonstrar a mudança de nossa mentalidade. Se não formos igualmente santos, de coração e de vida, nossa profissão de religião não nos servirá para nada; mais penosa será nossa destruição se não darmos frutos dignos de arrependimento.
João Batista deu instruções a várias classes de pessoas. Os que professam o arrependimento devem demonstrá-lo por sua transformação. O evangelho requer misericórdia, não sacrifício; e seu objetivo é comprometer-nos a fazer todo o bem que pudermos, e a sermos justos com todos os homens. O mesmo princípio que leva os homens a renunciar aos ganhos injustos, os leva a restaurar o lucrado em forma errada.
João indica seu dever aos soldados. Deve-se advertir aos homens contra as tentações de seus empregos. As respostas declaram o dever presente dos que perguntavam e, de imediato, se constituíam em uma prova de sua sinceridade. Como ninguém pode aceitar a salvação de Cristo sem arrependimento verdadeiro, ele mostra aqui a evidência e os efeitos do arrependimento.
II - CRISTO O BATIZADOR COM ESPÍRITO SANTO (Ler Versículos 15-20)

João Batista reconhece que não é o Cristo; mas confirma as expectativas do povo sobre a vinda do prometido Messias. Somente podia exortá-los a arrepender-se e assegurar o perdão pelo arrependimento, mas não podia operar o arrependimento neles nem conferi-lhes a remissão. Assim nos corresponde falar elevadamente de Cristo e humildemente de nós mesmos. João não podia fazer mais que batizar com água, como sinal de que deviam purificar-se e limpar-se, mas Cristo pode e quer batizar com o Espírito Santo; Ele pode dar o Espírito para que limpe e purifique o coração.

Conclusão:

João era um pregador afetuoso: suplicava, ia direto ao coração dos ouvintes. Era um pregador prático: os despertava para cumprir com seu dever e os dirigia a eles. Era um pregador popular: dirigia-se as pessoas segundo a capacidade deles. Era um pregador cristocêntrico: em todas suas exortações guiava a gente a Cristo. Foi um pregador abundante: não deixava de declarar todo o conselho de Deus, mas quando estava na metade de sua vida útil, foi dado um repentino final à pregação de João. Sendo Herodes, por suas muitas maldades, reprovado por ele, encarcerou a João. Os que fazem dano aos servos fiéis de Deus, agregam culpa maior ainda a seus outros pecados.

LIÇÃO 6: VISITA A JERUSALÉM E MOCIDADE EM NAZARÉ. LUCAS 2.41-52.

Introdução:

Aos doze anos, Jesus pela primeira vez foi a Jerusalém para assistir à páscoa. Enlevado na conversa com os doutores de Israel, ouvindo-os e interrogando-os, ele olvidava tudo mais.
Os peregrinos, voltando de Jerusalém para o norte, usualmente iniciam a viagem bem tarde, e como a 15 quilômetros de distância havia um lugar pitoresco perto de Betel, ali passavam a primeira noite. A tradição antiga diz que este é o lugar onde José e Maria sentiram falta de Jesus. Com que ansiedade e tristeza eles voltaram em busca dele, enquanto se lembravam das feras e bandidos cruéis que infestavam a região! Quando, enfim, o acharam no Templo, as primeiras palavras registradas dão a entender que José e Maria haviam esquecido dos acontecimentos não muito remotos que os deveriam ter preocupado sempre: Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai?

I – JESUS ENTRE OS DOUTORES (Ler Versículos 41-52).

Os pais de Jesus não voltaram até que tivessem permanecido os sete dias da festa. Bom é permanecer até o fim de uma ordenança como corresponde aos que dizem: Bom é estarmos aqui. Os que perderam suas consolações em Cristo, e as provas de que tinham parte nEle, devem refletir onde e quando e como as perderam, e devem voltar. Os que recuperem sua perdida familiaridade com Cristo devem ir ao lugar em que Ele tem colocado seu nome; ali podem esperar achá-lo.
Eles o acharam em alguma parte do templo, onde os doutores da lei tinham suas escolas; estava sentado ali, ouvindo sua instrução, apresentando perguntas e respondendo interrogantes, com tal sabedoria que os que o ouviam se deleitavam com Ele. As pessoas jovens devem procurar o conhecimento da verdade divina, assistir ao ministério do evangelho e fazer tais perguntas a seus anciãos e mestres que tendam a incrementar seu conhecimento.
Os que buscam a Cristo com choro, o acharão com o gozo maior. Não sabiam que devia ocupar-me dos negócios de meu Pai? Devo estar na casa de meu Pai; na obra de meu Pai; devo ocupar-me no negócio de meu Pai. Eis aqui um exemplo, pois convém aos filhos de Deus, de conformidade com Cristo, assistir o negócio de seu Pai celestial e fazer que todos os outros interesses lhe cedam o lugar.
Ainda que era o Filho de Deus, contudo, esteve submetido a seus pais terrenos; então, como responderão os filhos dos homens, fracos e néscios, que desobedecem a seus pais? Como seja que rejeitemos os ditados dos homens, porque são escuros, não devemos pensar assim dos ditados de Deus. O que ao princípio é escuro pode, depois, voltar-se claro e fácil. Os maiores e mais sábios, os mais eminentes, podem aprender deste admirável Menino Divino, que conhecer nosso lugar e ofício é a grandeza mais verdadeira da alma; para negar-nos as diversões e prazeres que não condizem com nosso estado e vocação.

Conclusão:

O capítulo dois de Lucas encerrasse com os anos da obscuridade da mocidade de Jesus em Nazaré, período este em que Jesus aprendeu a fazer os implementos necessários à lavaoura primitiva, onde aprendeu o ofício da carpintaria, neste período também se aplicou a Lei de Deus e se preparou para revelação de sua missão como Salvador do mundo.
Próxima lição. LIÇÃO 7: PREPARAÇÃO DO MINISTÉRIO DE JESUS. MT 3.1-12; MC 1.1-8 E LC 3.1-20.