TEXTO: LUCAS 1.5-56
Introdução:
Cerca de cinco anos antes do princípio da era cristã, um sacerdote idoso, cujo nome era Zacarias, estava no templo queimando incenso quando apareceu um anjo e lhe disse que havia de nascer um filho que, sendo cheio do Espírito Santo, iria adiante do Senhor, no Espírito e poder de Elias, a fim de preparar um povo para ele.
Alguns meses mais tarde, o anjo anunciou a uma jovem de Nazaré que, pelo poder do Altíssimo, ela daria à luz um filho cujo nome havia de ser Jesus, o Filho de Deus. Nada duvidando, Maria visitou na região montanhosa de Judá, sua prima Isabel, esposa de Zacarias. Ali se regozijaram juntas as duas mulheres, e Maria, por meio dum cântico de maravilhosa elevação, dignidade e beleza, engrandeceu a Deus.
I- ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA (Ler versículos 5-25).
O pai e a mãe de Jesus Cristo eram pecadores como todos somos e foram justificados e salvos da mesma forma que os outros, mas foram eminentes por sua piedade e integridade. Não tinham filhos, e não podia esperar que Isabel os tivesse em sua avançada idade.
Enquanto Zacarias queimava o incenso no templo, toda a multidão orava fora. Todas as orações que oferecemos a Deus são aceitas e bem sucedidas somente pela intercessão de Cristo.
As orações que Zacarias oferecia frequentemente receberam uma resposta de paz. As orações de fé são arquivadas no céu e não são esquecidas. As orações feitas quando éramos jovens, quando entravamos no mundo, podem ser respondidas quando sejamos velhos e estejamos saindo do mundo. As misericórdias são duplamente doces quando são dadas como respostas à oração.
Zacarias terá um filho em idade avançada, o qual será instrumento para a conversão de muitas almas a Deus, e para sua preparação para receber o evangelho de Cristo. Se apresentará ante Ele com coragem, zelo, santidade e uma mente morta aos interesses e prazeres mundanos. Os desobedientes e os rebeldes seriam convertidos à sabedoria de seus antepassados justos, ou melhor, levados a atentar à sabedoria do Justo que viria a eles.
Zacarias ouviu tudo o que disse o anjo, mas falou com incredulidade. Deus o tratou justamente ao deixá-lo mudo, pois ele tinha objetado a palavra de Deus. Podemos admirar a paciência de Deus para conosco. Deus o tratou amavelmente, porque assim lhe impediu de falar mais coisas afastadas da fé e com incredulidade. Assim, também, Deus confirmou sua fé. Se pelas repreensões a que estamos submetidos por nosso pecado, somos guiados a dar mais crédito à palavra de Deus, não temos razão para queixar-nos. Os crentes verdadeiros as vezes são dados a desonrar a Deus com incredulidade; e suas bocas são fechadas com silêncio e confissão, quando pelo contrário, teriam que estar louvando a Deus com gozo e gratidão.
II- A ANUNCIAÇÃO (Ler versículos 26-38).
Aqui temos um relato da mãe de nosso Senhor; embora não devamos orar a ela, de todos modos devemos louvar a Deus por ela. Cristo devia nascer miraculosamente. A própria sandação do anjo atesta o louvor a Deus por Maria: "Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres." (Lc 1.28)
Esta aparição e saudação prodigiosas atordoaram a Maria. O anjo lhe assegurou então que ela tinha achado favor com Deus e que seria a mãe de um filho cujo nome ela devia chamar de Jesus, o Filho do Altíssimo, um em natureza e perfeição com o Senhor Deus. Jesus! o nome que refresca os espíritos desfalecentes dos pecadores humilhados; doce para pronunciar e doce para ouvir, Jesus, o Salvador.
A resposta de Maria ao anjo foi a linguagem da fé e humilde admiração, ela não pediu sinal para confirmar sua fé. Sem controvérsia, grande foi o mistério da piedade, Deus manifestado em carne (1 Tm 3.16). A natureza humana de Cristo devia produzir-se dessa forma, para que fosse adequada para Aquele que seria unido com a natureza divina. Devemos, como Maria aqui, guiar nossos desejos pela palavra de Deus. Em todos os conflitos devemos lembrar que nada é impossível para Deus; e ao lermos e ouvirmos suas promessas, convertamo-las em orações: "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc 1.38).
III- A VISITAÇÃO E O CÂNTICO DE MARIA (Ler versículos 39-56).
Muito bom é, que aqueles em cujas almas tem começado a obra da graça se comuniquem entre si. Isabel estava ciente, quando chegou Maria, de que se aproximava a que seria a mãe do grande Redentor. Ao mesmo tempo, foi cheia do Espírito Santo, e sob sua influência declarou que Maria e ela esperavam filhos que seriam altamente abençoados e felizes, e particularmente honrados e queridos pelo Deus Altíssimo.
Maria, animada pelo discurso de Isabel, e também sob a influência do Espírito Santo, prorrompeu em gozo, admiração e gratidão. Sabia que era pecadora e que necessitava do Salvador, por isso regozijou-se em Deus com um belo cântico, (Magnificat - Engrandece; 1.46-55), por causa da vinda do Messias prometido. Todos que captam sua necessidade de Cristo, e que estão desejosos de ter justiça e vida nEle, a estes enche com coisas boas; e são abundantemente satisfeitos com as bênçãos que Ele dá. Ele satisfará os desejos do pobre de espírito que anseia bênçãos espirituais, enquanto que os autosuficientes serão lançados longe.
Conclusão:
Os ministérios de Jesus e de João foram bastante entrelaçados, João foi o precursor do Messias. Sua ligação foi tamanha que desde o nascimento compartilharam da benção divina. Um nasceu para preparar o caminho do outro (Jesus). Jesus nasceu para ser o salvador de João Batista e toda a humanidade. O anjo Gabriel anunciou o nascimento de duas crianças maravilhosas, e estes nascimentos foram respondidos pelos fieis com louvor. Oremos ao Senhor para que cada anuncio de nascimento de uma criança na nossa igreja, possamos ser abençoados com a visitação do Senhor.
Próxima lição: LIÇÃO 2: NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA
TEXTO: LUCAS 1.57-80
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