quinta-feira, 24 de março de 2011

Missões mundiais acertos e equívocos

Os pensamentos acerca de missões mundiais são os mais variados possíveis. Todo cristão que tem um interesse sobre este tema tem uma opinião particular. Acredito que algumas opiniões são boas e outras equivocadas.
No início da minha caminha cristã fiquei apaixonado com a visão romantizada de missões mundiais. Ora meu desejo era ir para o Japão, ora para o Oriente Médio em algum país de cultura árabe e até para Israel. Quase todos os testemunhos missionários que eu ouvia na minha igreja geravam em mim o desejo de abandonar tudo e seguir o missionário em missões pelo mundo afora. Até que um dia um seminarista me alertou sobre a minha visão romantizada de missões mundiais, pois eu falava para todo mundo que desejava ir para o Japão fazer missões. Esta exortação na minha vida foi o pontapé inicial para o meu amadurecimento sobre missões.
Vejo então alguns acertos e equívocos na igreja de hoje sobre a prática de missões mundiais:
1. Acredito que a igreja caminha certa quando faz missões mundiais, independente se sua região está totalmente alcançada para Cristo. Pois segundo Atos 1.8 que diz: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. A obra da evangelização precisa ser simultânea.
2. Acredito que a igreja caminha equivocada quando superestima missões mundiais em relação a missões locais. Muitos supervalorizam os missionários fora de sua nação, como se sua experiência em outro país tivesse mais valor do que em território nacional. Outros superestimam missões mundiais em relação ao investimento financeiro. Enquanto igrejas locais com pouco apoio financeiro e mínimos recursos tentam sobreviver, algumas igrejas não medem esforços para levantar fundos para missões estrangeiras.
3. Acredito que a igreja caminha certa quando prepara bem os vocacionados para o trabalho de missões mundiais. O Apóstolo Paulo, por exemplo, se converteu no ano 33 A.D, apenas por volta de 40 A.D, Paulo faz a sua primeira viajem missionária, onde passa por Antioquia, Chipre, Antioquia da Pisídia, Listra (At 13.1). Neste intervalo de tempo de sua conversão até sua primeira viajem missionária foram sete anos de preparação dentro do contexto cristão-judaico, sem falar os anos de instrução no ambiente judaico, onde aprendeu aos pés do mestre Gamaliel.
4. Acredito que a igreja caminha de forma equivocada quando envia pessoas para o campo missionário sem uma preparação adequada. Alguns são enviados por serem talentosos, descendentes de pastores, profissionais da área médica etc. Ir para o campo não é uma viajem de lazer, ser missionário em qualquer parte do mundo não é uma vocação fácil.
5. Acredito que a igreja caminha certa quando incentiva seus membros em campanhas missionárias a refletir e contribuir para missões. De fato devemos estar envolvidos com campanhas missionárias, por exemplo, o Profeta Jeremias em sua época incentivava através das profecias. "E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz." (Jeremias 29.7)
6. Acredito que a igreja caminha de forma equivocada quando limitasse a campanhas missionárias e aos programas da denominação sobre missões. Fico incomodado com a reza de que fazemos missões: Indo, orando e contribuindo, mas na realidade quase 80 % dos cristãos arrolados em igrejas estão presos somente a orar e contribuir. É urgente a necessidade de cada cristão obedecer ao seu chamado fazendo missões todo o ano, gerando filhos espirituais para glória do SENHOR.
Que o Senhor nos ilumine a cada dia sobre este tema: Missões Mundiais. Do seu amigo Pastor Emmanuel Neto

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