Pastoral
Esta teologia teopolítica tem ganhado espaço no cenário evangélico brasileiro. Não é de agora que muitos líderes eclesiásticos têm conscientizado e até mobilizado massas evangélicas a seguirem esta cartilha que evangélico deve votar em “bons políticos evangélicos”, a falácia é fácil de ser gravada, evangélico consciente vota em “homem” ou “mulher de Deus”, pois os mesmos governarão melhor do que os “ímpios”.
O que é ser homem de Deus no cenário político? Salomão escravizou os amorreus, heteus, ferezeus, heveus, jebuseus para construir seus edifícios suntuosos (I RS 9:15-28). Ciro, o Grande, um rei pagão da pérsia é chamado por Isaías de “ungido do Senhor” (Is 45:1), de um lado o servo do Senhor filho do famoso rei Davi, que comete os piores pecados contra os homens e contra Deus, do outro lado Ciro servo dos deuses é usado para livrar o povo de Israel dos opressores. Se fôssemos escolher um dos dois políticos para governar o nosso país em quem votaríamos? Salomão ou Ciro? Estas perguntas não são faceies de responder, contudo quero manifestar a minha preocupação sobre a real motivação que deve conduzir o voto de um evangélico.
Seja evangélico ou não vote consciente, pois “não é de admirar, pois o próprio satanás se transforma em anjo de luz” (II Co 11:14).
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