sábado, 4 de dezembro de 2010

TEMPOS DE PAZ

Pastoral

(Eclesiastes 3)
O combate contra o tráfico no Rio de Janeiro nos levou a viver um verdadeiro “tempo de guerra”, dias que queremos apagar da memória. O pregador sabiamente escreveu: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (v.1). O povo do Rio de Janeiro, principalmente os moradores das áreas de conflito viveram algumas experiências que o pregador escreveu como: “tempo de morrer“, “tempo de matar”, “tempo de derrubar”, “tempo de chorar”, “tempo de prantear“ e “tempo de guerra”. Nesta experiência que passamos experimentamos todas estas situações, neste combate muitos morreram, outros tiveram que matar, outros tiveram que abrir caminho nas favelas e derrubaram bloqueios, nesta luta contra o tráfico muitos também choraram pelos seus mortos. Com tudo isso participamos do “tempo da guerra”, mas “bendito seja Deus, que não rejeitou a nossa oração, nem desviou de nós a sua misericórdia” (Sl 66:20).
Este combate está longe de acabar até porque a guerra continua, mas “em Deus faremos proezas; porque ele é que pisará os nossos inimigos” (Sl 60:12). Estes dias ruins não devem nos parar, pois o nosso mestre Jesus no alertou: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16:33). Enquanto vivermos neste mundo estaremos sujeitos a viver as aflições desta vida, contudo mesmo vivendo em tempos de guerra podemos viver TEMPOS DE PAZ, pois o nosso salvador no prometeu: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14:27). Creio que somente a paz de Jesus pode nos permitir viver tempos de uma verdadeira paz, mas para vivê-la é preciso dar o coração a Jesus, pois a paz verdadeira nasce no interior, e o nosso interior o Senhor conhece bem, então poderemos participar do tempo de plantar, de curar, de edificar, de rir, de dançar, de abraçar, de buscar, de guardar, de coser, de falar, de amar, e do maravilhoso “tempo de paz”.


Do seu amigo Pr. Emmanuel Neto

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