Vivemos um momento tão comum neste mês de Abril em grande parte do mundo que ocorre um frenesim pela compra dos melhores e mais gostosos ovos de chocolate, bombons e outros doces de chocolate. Como que o amor ao dinheiro é a raíz de todos os males, gerado pelos grandes empresários indústrias pode tirar o lugar de Cristo da Páscoa? É claro que a massa consumidora que não fazem uma análise crítica não estão isentos da culpa.
Neste estudo quero mostrar as origens da Páscoa entre os antigos hebreus, seu desenvolvimento na era cristã, os acréscimos feitos a esta festa e o grande significado da Páscoa para os cristãos. Concluindo mostrando o porquê a Páscoa é a mais importante festa cristã.
I-A PÁSCOA ENTRE OS ANTIGOS HEBREUS.
1.1.Origem da palavra Páscoa.
A palavra Páscoa originalmente vem do hebraico, Pesah ou Pesahim, significa 'passagem' ou 'travessia', pode ser que a palavra fosse derivado do egípcio e estivesse ligada com idéia de lembrança.
1.2.Surgimento da Páscoa.
Existem algumas teorias a respeito do surgimento da celebração da Páscoa. Como a Páscoa surge entre os hebreus e em sua história há um evento sugerido pelos teólogos como sendo a principal teoria que transmite a idéia de passagem ou travessia. Acontece no Egito o qual o SENHOR ordena a Moisés e Arão a celebração de uma cerimônia onde um cordeiro sem defeito fosse sacrificado e seu sangue tingiria os umbrais das portas do povo de Israel. E durante a noite comeriam a carne assada, com pães asmos e ervas amargas. Tal ato o SENHOR diz a Moisés que "(...) é a Páscoa do SENHOR". Naquela noite o SENHOR passaria na terra do Egito e toda casa que não
possui-se o sinal do sangue o primogênito morreria. Por isso Páscoa (passagem) porque o SENHOR passaria na terra do Egito.
1.3.O significado da Páscoa para os hebreus.
O significado da Páscoa é bem simples, trata-se da festa da libertação, da salvação milagrosa, a festa da fuga do cativeiro no Egito.
II_A PÁSCOA NA ERA CRISTÃ.
2.1.A Páscoa nos dias de Cristo.
Era celebrada no dia quatorze de NIsan (equivalente ao nosso calendário ao mês de março/abril), que correspondia à lua cheia do equinócio de inverno: a data era fixa, portanto, diferindo da páscoa cristã, pois os meses judaicos eram lunares. Os ritos, em sua essência eram os meses encontrados no capítulo 12 de Êxodo. O cordeiro pascal continuava então sendo sacrificado e o seu sangue espalhado com um ramo de hissopo nas ombreiras e batentes da porta, e o povo ainda comia pão sem fermento e a carne do cordeiro.
A cerimônia ocorria da seguinte maneira: Na véspera do décimo-quarto dia de Nisan tudo tinha lugar no templo. Cada homem já escolhera e comprara o cordeiro sem mácula de um ano exigido pela Lei, ele era entregue aos sacrificadores que ficavam na entrada do pá´tio dos sacerdotes (parte do templo construído por Herodes), e um toque de trombeta dava o sinal para cada sacrifício. Depois do cordeiro sacrificado era levado por seus doadores a fim de ser comido na refeição ritual.
O tratado Pesahim (Talmud) nos dá os detalhes mais exatos desta refeição. Os ossos do cordeiro não podiam ser quebrados e a carne precisava ser assada e não cozida. Depois de pronta, primeiramente molhavam pão sem fermento num molho vermelho chamado haseret e bebiam um primeiro copo de vinho com uma bênção, depois recitavam o Salmo 114, e a seguir bebiam algumas gotas de água salgada, em memória da lágrimas derramadas por seus ancestrais e então começavam a comer o cordeiro, acompanhado de ervas amargas, rábano silvestre, louro, manjerona, timo e manjericão. mais dois copos de vinho eram bebidos, passando de mão em mão, e o terceiro, tomado com particular solenidade, era chamado de "cálice da bênção". Neste ponto todos cantavam juntos o Hallel, cântico de gratidão, composto dos seis Salmos 113-118.
2.2.Páscoa base para a ceia do SENHOR.
A passagem tão conhecida intitulada pelas versões mais populares em português da Bíblia "A última ceia". Não leva este nome no texto bíblico. Os discípulos perguntaram a Jesus: "Onde queres que te preparemos para comer a Páscoa?" Aqui está um indício que a celebração da ceia ou Eucaristia teve como base a festa judaica da Páscoa. A celebração da ceia é uma adaptação da Páscoa judaica, isto é claro agora com o foco para Cristo. Jesus ao instituir a celebração da ceia não pede para lembrar dos feitos que libertaram o povo da escravidão do Egito, ele traz o foco para sua pessoa. Dois elementos que eram utilizados na celebração da Páscoa são usados o pão que passou a simbolizar o corpo de Cristo e o cálice de vinho simbolizando seu sangue. Outras características aparecem na instituição da ceia que lembram a Páscoa judaica um é o ato de render "graças" antes de beber o cálice, o outro o de compartilhar o mesmo, "bebei dele todos".
Mais uma prova que a Páscoa é base para o surgimento da ceia é que tal celebração ocorreu no mesmo período que celebrava-se a Páscoa. "E no primeiro dia em que se comiam os pães ázimos quando se imolava a Páscoa, disseram-lhe seus discípulos: onde queres que nós vamos preparar-te para comeres a Páscoa?"(Mc14:12)
Não posso dizer com exatidão que esta última Páscoa celebrada por Jesus e seus discípulos todos elementos comuns deveriam estar presentes, como: o cordeiro sacrificado, o pão sem fermento, ervas amargas, etc, contudo a partir daquela noite para os discípulos a Páscoa tomou um novo rumo, passou ser A CEIA DO SENHOR.
III-ACRÉSCIMOS FEITOS A PÁSCOA.
3.1.O ovo.
Bem, o ovo também simboliza o nascimento, a vida que retorna. O costume de presentear as pessoas na época da Páscoa com ovos ornamentados e coloridos começou na antigüidade. Eram verdadeiras obras de arte! Os egípcios e persas costumavam tingir ovos com as cores primaveras e os davam a seus amigos. Os persas acreditavam que a Terra saíra de um ovo gigante.
Os cristãos primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos na Páscoa. Em alguns países europeus, os ovos são coloridos para representar a alegria da ressurreição. Na Grã-Bretanha, costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos dados aos amigos. Na Alemanha, os ovos eram dados às crianças junto de outros presentes na Páscoa. Na Armênia decoravam ovos ocos com retratos de Cristo, da Virgem Maria e de outras imagens religiosas. No século XIX, ovos de confeito decorados com uma janela em uma ponta e pequenas cenas dentro eram presentes populares Mas os ovos ainda não eram comestíveis. Pelo menos como a gente conhece hoje, com todo aquele chocolate. Atualmente, as crianças encontram ovos de chocolate ou "ninhos" cheios de doces nas mesas na manhã de Páscoa. No Brasil, as crianças montam seus próprios "cestinhos de Páscoa", enchem-no de palha ou papel, esperando o coelhinho deixar os o vinhos durante a madrugada. Nos Estados Unidos e outros países as crianças saem na manhã de Páscoa pela casa ou pelo quintal em busca dos ovinhos escondidos. Em alguns lugares os ovos são escondidos em lugares públicos e as crianças da comunidade são convidadas a encontrá-los, celebrando uma festa comunitária.
3.2.O coelho.
A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa. Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida? No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antigüidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa. Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertililidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas!
3.3.O chocolate.
Quem sabe o que é "Theobroma"? Pois este é o nome dado pelos gregos ao "alimento dos deuses", o chocolate. "Theobroma cacao" é o nome científico dessa gostosura chamada chocolate. Quem o batizou assim foi o botânico sueco Linneu, em 1753. Mas foi com os Maias e os Astecas que essa história toda começou. O chocolate era considerado sagrado por essas duas civilizações, tal qual o ouro.Na Europa chegou por volta do século XVI, tornando rapidamente popular aquela mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. Vale lembrar que o chocolate foi consumido, em grande parte de sua história, apenas como uma bebida. Em meados do século XVI, acreditava-se que, além de possuir poderes afrodisíacos, o chocolate dava poder e vigor aos que o bebiam. Por isso, era reservado apenas aos governantes e soldados. Aliás, além de afrodisíaco, o chocolate já foi considerado um pecado, remédio, ora sagrado, ora alimento profano. Os astecas chegaram a usá-lo como moeda, tal o valor que o alimento possuía. Chega o século XX, e os bombons e os ovos de Páscoa são criados, como mais uma forma de estabelecer de vez o consumo do chocolate no mundo inteiro. É tradicionalmente um presente recheado de significados. E não é só gostoso, como altamente nutritivo, um rico complemento e repositor de energia. Não é aconselhável, porém, consumi-lo isoladamente. Mas é um rico complemento e repositor de energia.
IV-CRISTO A NOSSA PÁSCOA.
4.1.O cordeiro de Deus.
Paulo em I Coríntios 5:7 mostra o novo sentido que a Páscoa passou a ter para os cristãos primitivos, ele diz: "Lançai fora o fermento velho, para que sejas uma nova massa, assim como sois sem fermento. Pois Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós." Todo o significado que o cordeiro tinha na Páscoa judaica passa agora para Cristo ele é o cordeiro imolado para libertação do povo.
Em um dos encontros iniciais de João Batista com Jesus ele dá uma declaração que também demonstra a fé pascal, ele disse assim a respeito de Jesus: "(...) Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!"
A morte de Jesus por ocasião da Páscoa judaica sacraliza sua missão de cordeiro de Deus para salvar a humanidade. O seu nome significa isso o SENHOR é salvação. Este é o novo sentido que a Páscoa tem para os cristãos, Jesus o novo cordeiro sem mácula, morto e seu sangue como sinal de remissão de pecados. E esta nova ordem que Jesus trouxe ao mundo fundamentasse justamente no derramamento de seu sangue. Paulo diz fazendo alusão a ceia do SENHOR: "(...) Este é a Nova Aliança no meu sangue, fazei isto todas as vezes que beberdes em memória de mim"
A fé pascal em Jesus como o cordeiro de Deus é um dos fundamentos da fé cristã.
4.2.A ressurreição.
Por ocasião da Páscoa após a morte de Jesus ao terceiro dia ocorre o evento mais importante do mundo e o fundamento para fé em Jesus que é a sua ressurreição.
Paulo diz em combate a uma heresia sobre a ressurreição: "e, se Cristo não ressurgiu, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé."
A fé pascal não para apenas na morte do cordeiro de Deus, mas em sua ressurreição. A ressurreição de Cristo é outro evento fundamental para fé cristã, pois só a morte de Cristo não revela de forma absoluta que ele era o Filho de Deus, mas na ressurreição Cristo mostra seu poder e autoridade sobre a morte anunciando assim de forma visível a sua divindade e mostrando o que ocorrerá como os cristãos no último dia.
CONCLUSÃO:
No final do ano ocorre outra festa cristã que também é manchada pelo apelo comercial, porém a mesma possui um status bem maior, onde se festeja o nascimento de Jesus. Em grau de escala a festa do natal recebe uma atenção bem maior do que a Páscoa cristã. É claro que o nascimento do salvador não é um evento comum, contudo nascer, crescer e morrer é algo natural a todos os homens comuns, agora morrer e ressuscitar é algo miraculoso. E na Páscoa aproximadamente 2007 anos atraz Jesus morreu e ressuscitou trazendo libertação da escravidão do pecado a todos que crêem no seu sacrifício. Por isso tudo a PÁSCOA É A FESTA CRISTÃ MAIS IMPORTANTE.
Emmanuel Neto
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