terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Com utilitários no altar, bispo pede aprovação de pacote para ajudar montadoras


O reverendo Charles Ellis, da igreja Templo da Grande Graça, em Detroit, realizou no domingo (7) um culto ao lado de três utilitários e pediu orações para que o Congresso ajude as montadoras. Na semana passada, líderes cristãos, judeus e muçulmanos também oraram pela aprovação do pacote
Da Redação
Centro da indústria automobilística americana, a cidade de Detroit se tornou palco de uma mobilização religiosa que tem como objetivo pedir para que os congressistas votem um pacote de ajuda às montadoras no valor de US$ 34 bilhões, e impeça a falência de GM, Ford e Chrysler.




DEUS SALVE OS UTILITÁRIOS
Charles Ellis teve a "companhia" de um Ford Escape, um Chevy Tahoe, da GM, e um Chrysler Aspen, doados por lojistas de DetroitO auge da mobilização ocorreu no domingo (7), no Greater Grace Temple (confira aqui o site oficial da igreja, em inglês), ou Templo da Grande Graça, a maior igreja pentecostal da cidade, na qual o bispo Charles H. Ellis comandou um culto ao lado de três grandes veículos utilitários, um de cada montadora, doados por donos de lojas locais. “Nesta semana, vidas estão penduradas em um abismo de incerteza e as duas casas do Congresso vão decidir se estenderão a mão para ajudar”, afirmou Ellis para milhares de fiéis.

Durante o culto, o reverendo pediu para os fiéis reforçarem as orações e prometeu jejuar até que o Congresso vote o pacote de medidas para ajudar as montadoras. Antes de Ellis, falaram alguns dirigentes de sindicatos ligados à indústria automobilística. General Holiefield, um sindicalista ligado à Chrysler, afirmou, segundo o jornal The New York Times, que estava “entregando a situação para Deus”, enquanto James Settles Jr., de um sindicato dos trabalhadores ligados às fornecedoras de peças, pediu “orações contínuas, para que haja um milagre na próxima semana”.



Ato ecumênico


O desespero com a situação é tão grande que, na semana passada, 11 líderes religiosos, representando cristãos, judeus e muçulmanos se uniram em um ato ecumênico para pedir a ajuda divina à indústria automotiva. O ato foi comandado por Adam Maida, o arcebispo de Detroit, que escreveu uma carta de quatro páginas sobre a situação, dizendo que “no momento mais escuro do ano, proclamamos que Cristo é nossa luz e que Cristo é nossa esperança”.

A mobilização religiosa mostra o tamanho do temor em Detroit e outras cidades fortemente ligadas à indústria automobilística. Segundo as montadoras, os sindicatos e lobistas, a falência de GM, Ford e Chrysler poderia deixar até 3 milhões de pessoas desempregadas, agravando ainda mais a crise financeira pela qual passam os Estados Unidos.

Nesta semana, o Congresso americano deve se reunir novamente para tratar do assunto. Ao que parece, a ajuda de US$ 34 bilhões não será aprovada, mas sim um pacote de US$ 15 bilhões que serviria para conter problemas mais urgentes.

Esta mobilização ecumênica me faz lembar da reunião ecumênica que ocorreu no navio que navegava para Társis, quando Jonas decidiu "fugir da presença do SENHOR", onde cada tribulante clamava ao seu deus e Jonas foi convocado no porão do navio a fazer o mesmo. Esta relação ecumênica na história de Jonas não seria necessária se o profeta obedecesse a sua missão, que era pregar em Nínive, assim de forma semelhante a igreja cristã protestante se envolve em ecumenismos por causa das tempestasdes econômicas esqueçendo de sua missão e além do mais que ela é a própria causadora das tempestades, pois esqueceu de ser "sal da terra e luz do mundo".

Adaptado Época
Emmanuel Neto

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