quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Lista dos ladrões do tempo para este Ano Novo


3 estratégias me ajudam a permanecer focado em meus planos.

Era um daqueles momentos cruciais: um momento de iluminação. Eu tinha dezoito anos e queria entreter meu irmão de cinco anos. Por isso, eu me ofereci para levá-lo para um passeio em um parque de diversões. Com vinte e um dólares na carteira, eu era o típico irmão mais velho.

Ao atravessarmos pelo portão de entrada, passamos pela fazendinha, pelos celeiros, pelas barracas de pipoca e cachorro-quente, lojas de doces e roupas. Nós tínhamos uma coisa em nossa mente: as voltas da roda gigante. Os giros da roda gigante haviam marcado nosso destino àquele lugar.

Infelizmente, nós não fomos até ela. Uma distração nos tirou do nosso caminho.

Após passar pela área de jogos, escutei alguém me chamar. Pelo menos eu acho que escutei. Dei uma olhada ao meu redor para ver se identificava aquele que me chamava, e um homem acenou para mim de dentro de uma cabine.

Isso é suficiente para eu dizer que em cinco minutos ele já tinha ganhado boa parte do meu dinheiro, e ainda faltavam cinco pontos para eu ganhar um panda de pelúcia.

Foi quando eu me dei conta do que havia acontecido. Eu estava chateado com o vendedor na cabine. Contudo, estava ainda mais chateado comigo mesmo. Eu perdi 17 dólares e muitas voltas na roda gigante com meu irmão. Todavia, aprendi uma lição: distrações podem te levar a perder o foco de seus planos.

A Bíblia nos orienta a vivermos com prudência, aproveitando as oportunidades e procurando fazer a vontade de Deus: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor” (Ef 5.:15-17).

Três princípios fundamentais emergem destes versos:

1. Conheça seu destino – Descubra a vontade de Deus e seus propósitos, e você usará seu tempo de forma mais efetiva. Se Deus nos quer em Dallas, é uma perda de tempo estarmos no Grand Canyon ou na face rochosa do monte Ruchmore.

Constantemente gastamos meses ou até mesmo anos dirigindo-nos a um lugar quando, na verdade, Deus está claramente nos orientando para outra direção. Discorrer sobre o conhecimento da vontade de Deus é mais fácil do que, de fato, conhecer sua vontade. Isto, porque o conhecimento de sua vontade exige discernimento. Exige oração. Exige os insights de um espiritual e inteligente amigo que nos conhece o suficiente e que reconhece o trabalho de Deus em nós.

Agora, diante do começo de um novo ano, separe um tempo para considerar seus destinos e os destinos de seu ministério. Quais suas impressões acerca da direção de Deus para seu ministério? É esta a direção que você tem em mente e pretende seguir? Você está animado com ela? Ela está suficientemente clara em sua mente?

Esta é a hora de corrigir seu caminho parcialmente ou de mudá-lo por completo.

2. Aproveite ao máximo cada oportunidade – Bear Bryant, famoso técnico de futebol americano do Alabama falou sobre seus primeiros momentos como treinador do Kentucky. Seu time deixou a bola cair em frente do banco e, no meio da confusão, alguém deu um chute em uma caixa na qual havia outras oito bolas. Como resultado daquele alvoroço, o time do Tennessee estava com a posse de cinco bolas e o do Kentucky com quatro. Os juízes, por isso, deram a posse de bola para o time do Tennessee. Moral da história: quando a bola vier em sua direção, agarre-a. Aproveite as oportunidades quando elas aparecerem.

Nós podemos criar oportunidades quando necessário, mas às vezes, quando as criamos, acabamos nos distanciando do que Deus deseja de nós. Se, ao invés disso, estabelecermos como objetivo abraçar as oportunidades que nos aparecem, pouparemos tempo e estaremos mais propensos a fazer a vontade de Deus.

Existem oportunidades que você ou seu ministério falharam ao deixarem de abraçá-la? Quais oportunidades estão diante de você agora, que você ainda não conseguiu enxergar como uma chance de Deus para sua vida?

3. Tome cuidado com a forma pela qual você vive – Por prudência, agora eu não mais me distraio com locutores e vendedores em cabines nos parques de diversão. Contudo, necessidades urgentes ainda tentam me distrair de meus principais propósitos e planos. Muitos pregadores reclamam que pessoas com seus problemas acabam roubando seu tempo de preparo de um sermão e que questões organizacionais os distraem no exercício de seu ministério.

Quando organizarmos nosso tempo de forma eficaz, nós trabalharemos sem permitir que as urgências tomem tempo das prioridades. Isso exige de nós capacidade de identificarmos o que é prioritário em nossas vidas e força de vontade para dizermos “não” àquilo que nos interrompe e que sabemos não fazer parte dos propósitos divinos.

Invista alguns minutos para identificar as tarefas prioritárias em seu ministério. O que você está fazendo para protegê-las e para guardar o tempo que você precisa para cumprir seu chamado? Quem você pode chamar para ajudar-lhe a manter-se focado no que é central?

Nós temos 525.600 minutos neste ano. Com muita oração, nós podemos começar a remir o tempo, antes que percamos um único e precioso minuto.

14/01/2009 - 12:08 por Richard Doebler

Richard Doebler é um pastor em Cloquet, Minnesota.

Copyright © 2008 por Christianity Today International

(Traduzido por Daniel Leite Guanaes)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Quem recebe a graça de ver recebe a missão de servir.


Ensaio sobre a visão


Quanto menor o seu mundo, maiores os seus problemas, mais intenso seu sofrimento e menor o seu Deus. Pois nos últimos dias os horizontes do meu mundo foram estendidos, alcançando Casablanca e Marrakech, no Marrocos, e Dakar, no Senegal. Tudo agora tem outra densidade e tamanho. A vida é uma questão de proporções – e as proporções, evidentemente, dependem dos termos de comparações. O que vi e ouvi me obriga a reorganizar valores e medidas.

O Marrocos é um país do norte da África com 36 milhões de habitantes, mas com apenas pouco mais de 1.000 cristãos, congregados em aproximadamente 50 igrejas que se reúnem nas casas, grupos não maiores do que vinte pessoas. Um pastor marroquino me esclareceu que considera igreja aquele grupo que se reúne regularmente e tem uma liderança espiritual definida; nesse caso, o número de igrejas marroquinas chegaria apenas a vinte e cinco, pois as demais dependem de lideres itinerantes e chegam a ficar meses sem uma reunião.

Já no Senegal, na costa ocidental africana, existem os marabus, mestres do Corão que escravizam, abusam sexualmente e torturam milhares de meninos. Essas crianças, os talibês, são entregues pelos próprios pais, que acreditam que seus filhos estarão assim servindo ao Islã. Na chamada África Negra, aproximadamente 20% das mulheres são submetidas à mutilação vaginal, feita sem anestesia com instrumentos como lâmina de barbear, facas ou mesmo tesouras. A excisão mínima é a retirada do capuz do clitóris. Já a infibulação consiste na amputação do clitóris e dos pequenos lábios, seguido do corte dos grandes lábios, que depois são aproximados e suturados. Apenas uma minúscula abertura é deixada, para escoamento da urina e da menstruação. Esse orifício é mantido aberto por algo como um palito de fósforo.

O primeiro ímpeto é pedir a Deus que me faça esquecer rapidamente o que vi e ouvi. A vontade que dá é de balançar a cabeça para que as imagens se dissolvam e sejam substituídas. Mas considero a possibilidade de pedir ao Senhor exatamente o contrário: que jamais me deixe esquecer das imagens da barbárie explícita na violência praticada contra mulheres e crianças, da pobreza mais extrema das ruas de Dakar e da quase absoluta carência da Igreja no Marrocos.

A pobreza ignominiosa da África islâmica faz emergir a clássica pergunta: onde está Deus? A miserabilidade social e a barbárie perpetrada pela religião lançam o inquiridor num vazio de Deus, como se ele não estivesse lá. Mas o mesmo ocorre com a América protestante: Deus também parece não dar as caras por entre os neons de Las Vegas, as prateleiras do Wal-Mart e as calçadas de Wall Street. A opulência da sociedade de consumo, que transforma tudo em mercadoria, inclusive Deus, faz cair sobre o Ocidente um outro tipo de miséria, e talvez a mais perigosa e nefasta, pois vem disfarçada de luz, progresso e civilização.

Essas experiências me fizeram lembrar a expressão que costura o enredo de Ensaio sobre a cegueira: “Se tu pudesses ver o que eu sou obrigado a ver, quererias estar cego”. José Saramago sugere que, num mundo onde todos estão cegos, a visão passa perto de ser uma maldição. Quem enxerga se torna responsável, e o peso da responsabilidade aos poucos vai se tornando insuportável, quase tanto como a própria cegueira.

A Bíblia Sagrada fala da experiência espiritual cristã como “passagem das trevas para a luz” e anuncia a irrupção do Reino de Deus na pessoa de Jesus. A descrição é clara: “O povo que estava em trevas viu uma grande luz”; e, por essa razão, “aqueles que seguem a Jesus não andam em trevas”. Quem nasceu de novo, isto é, recebeu o toque do Espírito Santo e acolheu o reinado de Deus em sua vida foi iluminado e passou a ver, como o cego curado por Jesus: “Eu era cego, agora vejo”.

Cristo disse que o olho é a lâmpada do corpo. Assim, se você tiver um olho bom, todo o seu corpo será repleto de luz; mas se tiver um olho mau, tudo em você estará repleto de escuridão. E, continua o Mestre, “caso a luz que está em você seja escuridão, quão terrível será essa escuridão”. No Judaísmo, “ter um olho bom”, um ayin tovah, significa ser generoso; e ter “um olho mau”, ou ayin ra’ah, significa o contrário – ser mesquinho. A cegueira é comparada ao egoísmo; a visão, à solidariedade, à compaixão e também à auto-doação voluntária e ao serviço abnegado. Enxergar é servir. Andar na luz é praticar as boas obras, preparadas de antemão para que andássemos nelas, e sem as quais a fé é morta.

Contrariando o dito popular que afirma que o pior cego é aquele que não quer ver, podemos crer que a pior cegueira é a cegueira da cegueira. Quem transforma a fé em Cristo numa crença inconseqüente é cego que pensa que vê. E é cego de sua própria cegueira, o que faz dele o pior dos cegos. A distância entre a cegueira e a visão é a mesma que separa a indiferença do engajamento. Quem recebe a graça de ver recebe a missão de servir.

Ed René Kivitz
Fonte: Cristianismo hoje.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O ABC do conflito palestino

Os grupos, cidades, siglas, termos e fatos
históricos, listados em ordem alfabética

Al-Fatah - Movimento pela Libertação da Palestina. Sob a liderança de Yasser Arafat, o Al-Fatah se tornou a mais forte e mais organizada facção palestina. As autoridades israelenses têm acusado o movimento de ataques terroristas contra Israel desde o início da nova Intifada. As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, responsáveis por vários atentados nos últimos meses em Israel, são os mais radicais membros da organização.

ANP - A Autoridade Nacional Palestina, ou Autoridade Palestina, hoje presidida por Mahmoud Abbas, é a organização oficial que administra a Cisjordânia - a Faixa de Gaza está sob o controle do Hamas desde junho de 2007. Foi criada a partir de um acordo firmado em 1993 entre a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) e Israel. Na primeira eleição para o legislativo e executivo da ANP, realizada em janeiro de 1996, Yasser Arafat foi eleito presidente. O acordo previa um mandato de cinco anos, que expiraria em 1999, quando então Israel e palestinos voltariam a negociar o status das áreas palestinas - o que não aconteceu, com a deterioração das relações entre os dois lados.

Belém - Cidade localizada na Cisjordânia, é importante na história de três religiões: a cristã, a judaica e a islâmica. Em Belém, foi erguida a igreja da Natividade, templo cristão que marca o suposto local de nascimento de Jesus Cristo.

Brigada de Mártires Al-Aqsa - Ala do Al-Fatah responsável por 70% dos atentados terroristas contra israelenses em 2006. Foi criada depois do fracasso das negociações de paz, tendo como líder Marwan Barghouti.

Cisjordânia - Área de 5.860 quilômetros quadrados a oeste do Rio Jordão e do Mar Morto, que esteve sob controle da Jordânia entre 1948 e 1967. Atualmente, está sob a administração da Autoridade Nacional Palestina. As cidades mais populosas são Jerusalém, Ramallah, Hebron, Nablus e Belém. Há duas universidades: Bir Zeit, em Jerusalém, e An-Najah, em Hebron.

Faixa de Gaza - É um estreito território com largura que varia de 6 quilômetros a 10 quilômetros às margens do Mar Mediterrâneo. Seus cerca de 360 quilômetros quadrados de área são limitados ao sul pelo Egito e ao norte por Israel. O grupo radical islâmico Hamas controla a região desde junho de 2007, quando tomou o poder à força. A principal cidade do território é Gaza.

Hamas - Grupo fundamentalista palestino que possui um braço político e outro militar. A sigla significa Movimento de Resistência Islâmica, mas também é a palavra que pode ser traduzida como “devoção” em árabe. O movimento nasceu junto com a Intifada. Seu braço político faz trabalhos sociais em campos de refugiados. O braço armado foi o primeiro a usar atentados com homens-bomba na região, em 1992. O braço político venceu as eleições legislativas palestinas em 2006 e tomou o poder à força, na Faixa de Gaza, em junho de 2007, após romper com Mahmoud Abbas, que preside a Autoridade Nacional Palestina (ANP), na Cisjordânia.

Hezbollah - Organização armada terrorista formada em 1982 por xiitas libaneses. Inspirada e orientada pelo Irã e apoiada pela Síria, tem base no Sul do Líbano. Seu objetivo é criar um Estado islâmico no Líbano, destruir Israel e transformar Jerusalém em uma cidade muçulmana.

Igreja da Natividade - Construída em Belém, no suposto local de nascimento de Jesus Cristo.

Intifada - Nome do levante nos territórios palestinos contra a política e ocupação israelense, caracterizado por protestos, tumultos, greves e violência, tanto na Faixa de Gaza quanto na Cisjordânia. A primeira intifada estendeu-se de 1987 a 1993, estimulada principalmente por três grupos: Hamas, OLP e Jihad. Ficou marcada pelo apedrejamento de soldados israelenses por jovens palestinos desarmados. Em setembro de 2000, quando recomeçou a violência entre palestinos e israelenses, depois de uma visita de Ariel Sharon a um local santo para os muçulmanos, o conflito violento recomeçou, sendo chamado de segunda intifada. O estopim foi uma provocação deliberada do então candidato a primeiro-ministro Ariel Sharon, líder da oposição ao governo de Ehud Barak e porta-voz da linha dura israelense. Cercado de guarda-costas, ele visitou a Esplanada das Mesquitas, na parte murada de Jerusalém, onde ficam as mesquitas de Al-Aksa e de Omar, um conjunto que é o terceiro entre os lugares santos do Islã.

Israel - Estado criado em 1948 na região histórica da Palestina, é um dos menores países do Oriente Médio e tem 60% de seu território coberto por deserto. O fato de ser o único país judeu em um área predominantemente islâmica marcou cada aspecto de suas relações diplomáticas, econômicas, políticas e demográficas. Nos últimos anos, tornou-se um grande pólo de tecnologia e informática. Tem um presidente, com poder mais simbólico que efetivo, e um poderoso primeiro-ministro, que passou a ser escolhido por eleições diretas a partir de 1996. As origens dos atuais conflitos são anteriores à criação do país. Já no início do século XX , a Palestina, por ser considerada o berço do povo judeu, estimulou a imigração de judeus, inspirados por um movimento conhecido como sionismo, que entraram em disputa com os povos árabes da região. Nos anos que se seguiram à II Guerra Mundial (1939-1945), a Organização das Nações Unidas (ONU) desenvolveu um plano para dividir a Palestina entre árabes e judeus. Os árabes rejeitaram o plano, que foi aceito pelos judeus, criando-se então um Estado independente em 1948. Imediatamente, cinco nações árabes atacaram Israel. No fim da guerra, em 1949, e nos anos seguintes, Israel ampliou seu território e anexou Golã. Também ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Mesmo Jerusalém, que os judeus consideram capital do país, continua sendo alvo de disputa.

Jihad Islâmica - Grupo terrorista palestino de orientação fundamentalista. Tradicionalmente, ela tenta realizar ações terroristas contra alvos israelenses no aniversário da morte de seu líder, Fathi Shaqaqi, assassinado em Malta, em outubro de 1995. Financiada pelo Irã, é a mais independente das facções extremistas e conta com apoio restrito da população. Seu líder é Ramadan Shallah, ex-professor da Universidade da Flórida. Seu objetivo é destruir Israel e criar um Estado islâmico na região, sob controle de palestinos.

Jerusalém - Local de peregrinação para três religiões: a católica, a judaica e a islâmica. Para os católicos, é o local onde Jesus Cristo foi crucificado e ressuscitou. Para os judeus, é a cidade que o rei Davi transformou em capital do reino unificado de Israel e Judá. Para os muçulmanos, é a cidade dos profetas que precederam Maomé.

Likud - Partido político conservador de Israel formado em 1973 em torno da proposta de anexar ao Estado de Israel os territórios ocupados durante a Guerra dos Seis Dias: Sinai, Faixa de Gaza, Cisjordânia e Colinas de Golã. Menachim Begin foi seu primeiro líder. A partir de 1999, o partido passou a ser liderado por Ariel Sharon, ex-primeiro-ministro de Israel que está em estado vegetativo permanente. Likud é a palavra em hebreu para unidade.

'Muro da Vergonha' - forma como é conhecida, entre os palestinos e parte da comunidade internacional, a barreira que Israel construiu para separar suas próprias cidades da Cisjordânia. Os israelenses alegavam que a medida era legítima, já que o muro tornaria muito difícil a entrada de palestinos em seu território - assim, o número de atentados terroristas cairia de forma drástica. Os críticos, contudo, disseram que a construção da barreira tiraria território palestino, acentuaria as diferenças econômicas entre os povos e não contribuiria para a paz.

Nablus - Localizada no norte da Cisjordânia, entre as montanhas de Gerizim e Ebal, é a maior cidade palestina. Região bíblica, onde Abraão e Jacó teriam vivido e onde estariam enterrados, é também um importante centro comercial da região produtor de azeite e vinho.

OLP - A Organização pela Libertação da Palestina, grupo político criado em 1964 com o objetivo de formar um Estado palestino independente. Em 1994, a Autoridade Nacional Palestina assumiu muitas das funções administrativas e diplomáticas relativas aos territórios palestinos que antes eram desempenhadas pela OLP. Esta passou a ser uma espécie de guarda-chuva político e militar, abrigando facções como Al Fatah, As-Saiga e a Frente de Libertação da Palestina. A OLP tem três corpos: o Comitê Executivo, com 15 membros, que inclui representantes dos principais grupos armados; o Comitê Central, com 60 conselheiros e o Conselho Nacional Palestino, com 599 membros, que historicamente tem sido uma assembléia dos palestinos. A OLP também tem serviços de saúde, informação, saúde, finanças, mas desde 1994 passou estas responsabilidades para a ANP.

Palestina - É uma região histórica situada na costa leste do Mar Mediterrâneo, no cruzamento entre três continentes, que foi habitada por diversos povos e é considerado local santo para cristãos, judeus e muçulmanos. Sua extensão tem variado muito desde a Antigüidade. Atualmente, as áreas palestinas são a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

Ramallah - Cidade palestina com cerca de 180.000 habitantes, é dividida em dois setores, de tamanhos semelhantes: Ramallah, que é predominantemente cristão, e Al Birah, de maioria islâmica. Fica a 872 metros acima do nível do mar e 1.267 metros acima do Mar Morto, distante 15 quilômetros ao norte de Jerusalém. É a sede da Autoridade Nacional Palestina e abriga a principal universidade palestina, Bir Zeit.

Sionismo - movimento político e religioso pela criação de um Estado judeu que surgiu no século XIX e culminou na criação do Estado de Israel em 1948. O nome vem de Zion, a montanha onde foi construído o Templo de Jerusalém . O termo sionismo foi usado pela primeira vez para nomear um movimento em 1890, pelo filósofo austríaco judeu Nathan Birbaum.

Emmanuel Neto
Fonte: Veja.com